Coletivo Obirin

O coletivo Obirin nasceu em 2015, fruto da união de cinco estudantes de Rádio, TV e Internet da UFPE. O nome tem origem Iorubá, um idioma comum na região ao sul do Saara, no continente africano, e significa mulheres. Tudo começou com a iniciativa de um documentário sobre a articulação de mulheres pernambucanas para a Marcha das Mulheres Negras de 2015, que aconteceu em Brasília. A partir da construção do documentário, intitulado justamente de Obirin, os estudantes perceberam o quanto de invisibilidade existe para as pautas relacionadas ao povo negro em Pernambuco.

Daí surgiu a ideia de criar um site para dar espaço a produções da população negra nas comunidades periféricas e construir narrativas para fortalecer a cidadania. Além disso, o Obirin pretende formar jovens nas comunidades para a produção de seus próprios conteúdos, com a divulgação de suas inquietações e ações nos territórios.

O coletivo tem disputado editais para comprar equipamentos, pagar o site e custear a cobertura de pautas que precisam de deslocamento. Foi o que aconteceu a partir da seleção no Edital das Codeputadas Juntas, em 2019. Dois anos depois, em 2021, o grupo tornou-se um dos vencedores do Edital Comunicadores Populares de Pernambuco, uma iniciativa da Empresa Pernambucana de Comunicação (EPC) e da Secretaria de Cultura do Estado. O edital viabilizou a produção do podcast Obirin, uma série de cinco programas sobre terreiros de matriz africana e afro-indígena atuantes no Recife e na Região Metropolitana.